Kleber Mendonça Filho
A Ilha da Imaginação (Nim's Island, EUA/Austrália, 2008) é uma geringonça de férias para entreter crianças incautas. Pode funcionar bem junto aos pequenos que não conseguirem ingressos para o novo Batman, ou os que não tiverem faixa etária suficiente para entrar nas salas que exibem o morcego. Cheio de bichinhos simpáticos, eco-mensagens e uma heroína mirim com expressão de boneca, o filme vem dublado por atores brasileiros que crêem que estão num filme ainda pior.
A idéia lembra Tudo Por Uma Esmeralda (Romancing the Stone), aventura dos anos 80 de Robert Zemeckis (De Volta Para o Futuro) sobre uma escritora de romances aventurescos que encontra seu personagem principal na vida real. Desta vez, a escritora é Jodie Foster, aqui numa atuação claramente equivocada, talvez uma tentativa desesperada de ser interessante para as crianças. Na verdade, o que se passa com Jodie, no seu último filme, The Brave One (Valente, no Brasil), ela dava uma outra atuação equivocada, só que para adultos.
Foster é a escritora Alexandra Rover, moradora reclusa de São Francisco que parece sofrer de um tipo especialmente histérico de síndrome do pânico. Passa a se comunicar pela internet com uma grande fã dos seus livros, a garotinha Nim (Breslin, de Pequena Miss Sunshine). Nim mora numa ilha secreta do Oceano Pacífico com o pai, especialista em plânctons.
Quando o pai desaparece numa tempestade, a pequena Nim e seus bichinhos (foca, pelicano, cipó, vulcão) se metem em grandes apuros e caberá à ofegante escritora ir salvá-la de uma tremenda confusão.
O roteiro é claramente uma lástima. Esbaforido, cansativo e artificial, deixa o pobre do pai (Gerard Butler, visto por último com seios em 300) boiando o filme inteiro enquanto esta versão irritante de Jodie Foster chega na ilha, viagem improvável até para a lógica infantil não muito exigente.
A idéia lembra Tudo Por Uma Esmeralda (Romancing the Stone), aventura dos anos 80 de Robert Zemeckis (De Volta Para o Futuro) sobre uma escritora de romances aventurescos que encontra seu personagem principal na vida real. Desta vez, a escritora é Jodie Foster, aqui numa atuação claramente equivocada, talvez uma tentativa desesperada de ser interessante para as crianças. Na verdade, o que se passa com Jodie, no seu último filme, The Brave One (Valente, no Brasil), ela dava uma outra atuação equivocada, só que para adultos.
Foster é a escritora Alexandra Rover, moradora reclusa de São Francisco que parece sofrer de um tipo especialmente histérico de síndrome do pânico. Passa a se comunicar pela internet com uma grande fã dos seus livros, a garotinha Nim (Breslin, de Pequena Miss Sunshine). Nim mora numa ilha secreta do Oceano Pacífico com o pai, especialista em plânctons.
Quando o pai desaparece numa tempestade, a pequena Nim e seus bichinhos (foca, pelicano, cipó, vulcão) se metem em grandes apuros e caberá à ofegante escritora ir salvá-la de uma tremenda confusão.
O roteiro é claramente uma lástima. Esbaforido, cansativo e artificial, deixa o pobre do pai (Gerard Butler, visto por último com seios em 300) boiando o filme inteiro enquanto esta versão irritante de Jodie Foster chega na ilha, viagem improvável até para a lógica infantil não muito exigente.
A pequena Breslin corre o risco que atrizes prematuras geralmente correm (a esquisita Dakota Fanning o último exemplo). Depois de uma estréia super fofinha, vira atriz objeto não muito diferente em presença e expressão dos bichinhos digitais com os quais contracena.
Filme visto no UCI Recife, Julho 2008
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